Conforme informa o advogado especialista Christian Zini Amorim, a transição do atual modelo de tributação sobre consumo, que envolve a aplicação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do ISS (Imposto sobre Serviços), para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), representa uma das mudanças mais relevantes no sistema tributário brasileiro das últimas décadas.
Neste artigo, abordamos os impactos dessa transformação e as principais estratégias para que sua empresa esteja preparada para as novas exigências fiscais. Leia mais abaixo:
Impactos da transição do ICMS/ISS para o IBS na tributação sobre consumo
Segundo o Dr. Christian Zini Amorim, a unificação do ICMS e ISS por meio do IBS trará mudanças significativas na forma como os tributos são calculados e recolhidos pelas empresas. A sistemática atual, que exige o cumprimento de diferentes obrigações acessórias em cada estado e município, será gradualmente substituída por um modelo mais centralizado e padronizado. Apesar disso, durante o período de transição, que se estenderá por vários anos, os contribuintes terão que lidar com regras antigas e novas.

Ademais, essa transição demandará atenção especial no que se refere à precificação de produtos e serviços, contratos em vigor e acordos comerciais. A incidência do IBS sobre diferentes etapas da cadeia de produção e distribuição exigirá uma reavaliação das margens de lucro, da estrutura de custos e das estratégias de negociação com fornecedores e clientes. O impacto tributário pode variar de setor para setor, sendo crucial mapear essas alterações com antecedência.
Como adaptar sistemas e processos para a nova tributação
De acordo com o advogado Christian Zini Amorim, um dos principais pilares para a conformidade com o IBS é a adequação tecnológica. Os sistemas de gestão empresarial, como ERPs, softwares fiscais e plataformas de emissão de documentos eletrônicos, devem ser atualizados para refletir as novas regras de apuração do tributo. A parametrização correta dessas ferramentas é essencial para evitar erros que possam gerar autuações ou perdas financeiras.
Além dos ajustes tecnológicos, é fundamental revisar os processos internos relacionados à gestão tributária. Isso inclui o mapeamento do fluxo de informações entre os departamentos, a reorganização de rotinas operacionais e a atualização dos controles internos. A preparação para o IBS deve envolver todas as áreas da empresa, especialmente aquelas que lidam diretamente com operações de compra, venda e prestação de serviços.
Estratégias para garantir a conformidade tributária na transição
Como elucida o advogado especialista Christian Zini Amorim, um planejamento tributário estruturado é o caminho mais seguro para enfrentar a transição para o IBS. Esse planejamento deve incluir a análise de impacto financeiro sobre os produtos e serviços comercializados, a revisão dos contratos vigentes com fornecedores e clientes, e a reavaliação da estratégia fiscal adotada pela empresa.
Nesse sentido, outro ponto de atenção é o monitoramento contínuo das atualizações legislativas e das diretrizes emitidas pelos órgãos reguladores, como a Receita Federal e os conselhos fazendários. Contar com uma assessoria jurídica e tributária especializada pode fazer toda a diferença nesse processo, permitindo que a empresa atue de forma proativa, evite contingências fiscais e mantenha a conformidade ao longo de toda a transição.
Em conclusão, a substituição do modelo de tributação sobre consumo baseado em ICMS e ISS pelo novo IBS representa tanto um desafio quanto uma oportunidade para as empresas brasileiras. Para o advogado Christian Zini Amorim, o sucesso nessa transição dependerá da capacidade das organizações de se antecipar às mudanças, adaptar seus sistemas e processos e qualificar seus profissionais para a nova realidade fiscal. A preparação para o IBS não deve ser encarada apenas como uma obrigação legal.
Autor: Viktor Ivanov